quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O FILHO RENEGADO, de Keylane David

             Em uma fazenda que se situava nas proximidades da cidade moravam um homem que se chamava Tiago e sua mulher que se chamava Naiara. Eles eram casados e viviam muito felizes. Tiveram cinco filhos. Mas no último parto, Naiara, que sempre tivera seus filhos de parto normal, sem nenhuma complicação, começou a passar mal, passar mal e como a criança insistia em não nascer, seu marido, 

Tiago resolveu ir até a cidade buscar recursos, encontrar um carro que viesse buscar sua esposa para levar sua esposa até o hospital. Foi a cavalo e demorou algumas horas para chegar até a cidade. Lá chegando, não conseguiu uma ambulância porque como na cidade só havia uma, esta havia sido enviada com outro doente para uma cidade maior, em busca de mais recursos.
            Tiago já estava desesperado quando encontrou com uma seu amigo de infância, amigo que sempre fora mais rico que ele, que sempre tivera carro. Desesperadamente pediu auxílio a seu amigo, para que fosse com ele até a fazenda buscar sua esposa. Foram e rapidamente chegaram até a fazenda, mas quando lá chegaram encontraram sua esposa morta. A criança havia nascido, estava viva, mas sua esposa não aguentara e falecera. Tiago ficou completamente transtornado e maldizia esse filho que havia nascido e causado a morte de sua tão amada esposa.
            Depois do enterro de sua esposa ele resolveu vender a fazenda e se mudar para a cidade. Sabia que se morasse na cidade sua esposa não teria morrido ao tentar dar à luz ao seu filho.
            Tiago transformou-se em outro homem. Começou a beber e a maltratar seu filho Pedro, que era o que havia nascido e segundo ele, o culpado pela morte de sua esposa.
            Tiago então deu seu filho Pedro para sua sogra criar. E nunca mais o visitou. Dizia que não o considerava seu filho.
            Pedro foi crescendo revoltado e, com o tempo, começou a se envolver com drogas e com o tráfico de drogas. Aos vinte anos havia se tornado o chefe do tráfico. Havia ganhado muito dinheiro. Ao contrário de seu pai, que havia perdido tudo por causa da bebida.
            Pedro então se casou com a moça mais linda da cidade, Carolina. O que Pedro não sabia é que seu irmão João, com o qual não havia convivido e nem conhecia mais, era apaixonado por Carolina desde que eram pequenos.
            Sabendo que os dois haviam se casado, João se aproximou de seu irmão, e começou a frequentar a casa deles.
            Pedro que não respeitava ninguém, logo passou a trair sua esposa. Ia para noitadas e não dava satisfação a ela. Ela muito triste viu sua paixão por João se reacender.
            Um dia Pedro, voltando de uma de suas noitadas, encontrou sua esposa na cama com João. Ele imediatamente tirou um revolver e matou os dois.

            Como Pedro tinha muito dinheiro, arrumou vários advogados e alegando legítima defesa da honra, foi julgado e colocado em liberdade. 

Texto desenvolvido na UNEMAT, Campus Universitário de Alto Araguaia-MT, no ano de 2013.

sábado, 3 de agosto de 2013

CARRUAGEM DO INFERNO


Quando eu era molecote
Nem ligava pra própria sorte
Ou mais velhos não ouvia
Só debochava e ria

Sempre ouvi dizer
Das histórias de assombração
Mas nem queria saber
Virava as costas, ria e não dava atenção.

Mas um dia
Como um castigo que vem do céu
Fui dormir com minha tia
E tive a prova mais cruel

Uma carruagem sombria
Que soltava chamas sem parar
Passou pelos meus olhos tão fria
Com seus passageiros a gritar.

O carrasco que chicoteava a todos
Tinha sangue no olhar
Enquanto os condenados imploravam
Ele ria e gritava sem parar.

Pude perceber então
Naqueles olhares de desespero
Que suas súplicas eram em vão
Pois condenados estavam para o infernal desterro

Minhas pernas tremiam diante da reluzente cavalgadura
Meus olhos queimavam só de olhar seu infernal condutor
Meu coração quase parava
Enquanto eu ficava molhado em suor

Foi então que ajoelhei
Pedindo a Deus em oração
Pelas almas condenadas
A vagar na escuridão

Seja lá o que fizeram
Para passar por tal provação
Que Deus os livrasse do inferno
E do desespero daquela situação.

Se minha súplica foi ouvida não sei
Nem se venci minha batalha contra o cão
Mas aprendi uma lição

Dos mais velhos, nunca mais duvidei.
Texto da escritora Alessandra de Andrade Campos Tafarello.

domingo, 21 de julho de 2013

Memórias

Memórias são para ser vividas,
Lidas, relidas...

É preciso que permaneçam
Que mereçam o seu apreço
Pois a sua atenção, realmente,
Não tem preço

Oferecer-lhes-ei
Momentos de distração
Porque há histórias, contos, poemas
Que merecem a sua atenção

Sintam-se à vontade
Para vir nos visitar
Pois apenas memórias
É o que temos para lhes ofertar

Encontraremos, por aí,
Heróis anônimos
Que nos contarão histórias
Dignas de compartilhar

A você, caro leitor,
Deixo um abraço e,
Com isso, selemos um laço
Difícil de desmanchar

Um beijo grande,
Um eterno abraço,
Pois, com o passar dos dias,
Escutaremos o que nossos amigos
Têm para nos contar...
Andréia Franco